Depois do amor
Que depois do amor feito,
do ócio faça-se a calma.
Que haja cabeça e peito,
e silêncio nas almas.
Que não se faça frio
o que antes era quente.
E que fique o vestígio
dos amantes contentes.
E que o sono os abrace...
E que os dois se confundam,
seja face com face,
seja bunda com bunda.
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N. do A. – Na ilustração, Nômades Amantes do Tempo – Hariel e Aladiah de Bruno Steinbach Silva (Paraíba, 1958).