Apenas Um Nada
Apenas Um Nada
Apenas fui um nada,
Para quem não sabe se amar,
E nunca soube amar ninguém,
Fui apenas aquela fuga alucinada,
Tão alucinada como descaminhada para vida
Que serviu apenas como um prato ou aperitivo quaisquer,
Fui aquele lanche gostoso,
Aquele prato suculento nobre maravilhoso,
Aquele tucupi de sabor intenso,
Aquela feijoada mineira completa,
Que matou todas as vontades.
Fui aquele brinquedo querido,
Aquele animalzinho preferido.
Que logo foi perdendo todo sabor e poder afetivo.
Nunca fui nada,
E nada fui para ao ficando no teu lado,
Apenas fui aquela fuga alucinada de quebrada,
Aquele sabor a! mais que lhe fazia saciar as vontades da vida.
Que após um longo tempo enjoo e jogou fora
Feito algo qualquer foi se esquecendo do dia pra noite,
De tudo que aconteceu,
Tão bonita como sinuosa,
Tão bandida como perigosa,
De curvas gostosas.
Que não sabe amar.
E nunca amou ninguém.
Que sexo é como pão com margarina e café da manhã!
Ou um prato na hora do almoço ou jantar.
Ou apenas um tudo bem!
Apenas um nada!
Ao fim nem sobrou ou tudo bem...
Autor: Ed.Cruz