O tardar.

Por favor, me espere.

Eu não tardo.

Eu nunca tardo.

Mesmo quando eu tardo,

Eu não me demoro.

De tanto admirar o abismo.

Criei asas; criei asas.

Um espaço brando, escuro.

Como uma mente cheia de duvidas

E as respostas como vaga-lumes.

Quem sabe, saltarei por ti.

Você não gostaria de vir comigo?

Não precisa ter medo.

Estarei segurando a sua mão.

Velocistas perdidas.

Confusas com a chuva.

Acima das nuvens tem um céu limpo.

Que chegará; uma hora chegará.

Pode esperar pelo sol.

Pois ele não tarda.

E mesmo quando tarda,

Não se demora.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 20/08/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5353603
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