PRESENÇA IRREAL

Tua ausência nos meus olhos insensíveis.

Presença imaginável nos concretos invisíveis.

Da minha cabeça que rodopiando se dissipa.

Por teu olhos como flores de tulipa.

Veridicamente sei que tua presença é irreal

inversamente ao credo tão banal.

Que sinto teu cheiro no perfume arrepiante

dormindo às cegas em sono ofegante.

Que delírio pensar em teu jeito

Que colírio enegrecido imperfeito.

Não és palpável por ser de mim ficção.

Mas por relutar que o real ocupe o coração.

Felipêncio Júnior
Enviado por Felipêncio Júnior em 20/08/2015
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