PRESENÇA IRREAL
Tua ausência nos meus olhos insensíveis.
Presença imaginável nos concretos invisíveis.
Da minha cabeça que rodopiando se dissipa.
Por teu olhos como flores de tulipa.
Veridicamente sei que tua presença é irreal
inversamente ao credo tão banal.
Que sinto teu cheiro no perfume arrepiante
dormindo às cegas em sono ofegante.
Que delírio pensar em teu jeito
Que colírio enegrecido imperfeito.
Não és palpável por ser de mim ficção.
Mas por relutar que o real ocupe o coração.