A negra mais linda do mundo
A beleza era abundante
Todos, a via de cara
A negra tão deslumbrante
Até o transito pára
Suas curvas eram sinuosas
O corpo todo estrutural
Com desenhos meticulosos
Compasso e régua magistral
Sua cútis não era morena
Era negra de verdade
Na rede de balanço sereno
Que mulher!, que beldade!
Em concurso universal
Concorrentes, seus defeitos
A negra tão fenomenal
Seu sorriso, dentes perfeitos
Ingenuidade de menina
Mulher sábia com certeza
Nada se igualava à divina
Aquele exagero de beleza
O que mais era destaque
Suas boas qualidades
Desde seu lindo sotaque
Até a grande humildade
Mulher igual, eu nunca vi
E creio que não haverá
Serenatas do bem-te-vi
Ou as cantadas do sabiá
Bem conhecia o verbo amar
Muito trabalho com os braços
No pescoço, era de ouro o colar
Mas que o ouro, eram seus traços
A negra de valiosa que era
Além de valor definido
Não havia preço que pudera
Tira-la de seu querido
Pensamos na desgraceira
Que causou o preconceito
Lembramos da negra faceira
Cerceado foi seu direito
Contempla o porvenir
Escravidão passou de verdade?
Ninguém deveria aplaudir
Cor de péle? Brutalidade
Se mostra como senhora
Sobrevive à estupidez
O povo todo a valora
Sua beleza e honradez
Seus olhos, janelas abertas.
Boca e nariz esculpidos
Queixo e colo torneados
Seus peitos pontiagudos
A negra, tão bela gazela
Virgem mimosa ao andar
A paisagem, realçava ela
Doce cheiro enchendo o ar
Nem África nem Brasil
Jamais haverá tal beleza
A negra de beleza sutil
Obra prima da natureza
Mulheres são charmosas
São flores, em variedades.
Igual a negra mimosa
Nem aqui, nem na eternidade.
By: Dead Dad 20/08/2015.