Dedicava a Ti.

Como as folhas caídas de outono,

Me deitando sob os galhos pontiagudos,

Ferindo-me, sem pensar no nada,

Estava eu ali, como estátua.

Abraçando o vazio, me perdendo,

Procurava você, sem mais ou menos,

Saindo sem rumo, sem promessas,

E o fogo consumindo velozmente.

Descalço ao vento, subia ao céu,

Afogando-me no fundo do copo,

Dedicando a Ti, a minha paixão.

Permitas amor, que eu te encontre;

Onde mas iria estar, sem sentidos?

Em goles, de seu amor, permanente.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 20/08/2015
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