ABSTRATO...

Um indivíduo indefinido, abstrato e iludido;

Dividido entre dois mundos

Entre planos percorridos;

Por entre a alma de um cigano

destemido e sem juízo;

Esperando só daquela moça

Apenas um sorriso!

A sua voz era o encanto

Que ecoava na multidão;

Sem perceber que corria o pranto

Daquele homem do sertão

Que tinha o coração impuro

Mas provara da mansidão

Daquela moça imaculada;

E por ela se tornou um bom cidadão.

Seus pensamentos já o roubara

Seu corpo não o pertencia mais

E o que dizer do coração?

Ah, esse só por ela vivia em paz.

Muito amor ali envolvido e,

Nenhuma razão aparente

Ela simplesmente apareceu e,

Por ela mudou-se completamente.

Era um amor tão verdadeiro

Tão inocente e bem guardado

Aos olhos e cuidados de Deus

E dos dois apaixonados!