QUISERA NÃO SER EU...
Amparado pelo silêncio
residindo no vácuo existente
por todos os lados, este sou eu
a espera de uma benção.
Este sou eu aguardando nada
mais que um olhar complacente
podendo até ser de piedade,
este sou eu um ser plangente...
Sim, é o que sinto neste novo
estágio da vida, tentar conviver
na paz como as mãos imobilizadas
por indestrutíveis atilhos...
Viver com movimentos moldados,
temerosos, caminhar preocupado
sentindo no coração uma
vaga inquietação...
Todas essas coisas anômalas têm ultimamente
convivido comigo por mais dura e cruel que
seja essa forma de ser, quando minha alma anseia
e deseja obedecer ao espírito gregário...
Que feitio cruel assim te oprime
e te curva à cerviz?