A MAIS DOCE DESPEDIDA
Na hora do adeus, tu me pedias
(com um leve rubor em cada face)
que então beijasse tuas mãos macias...
Mas, em segredos, o que querias
era que tua boca então beijasse:
-Beija-me as mãos, meu tão dileto
e há muito tempo, grande amigo...
Põe neste beijo um especial afeto
que eu quero guardar sempre comigo...
Quero, quando recolher-me ao meu leito;
meu corpo, antes do sono vencido;
sentir então todo o efeito
deste beijo despertando a minha libido...
Na hora do adeus, tu me pedias
(com um leve rubor em cada face)
que eu então beijasse tuas mãos macias...
Porém, um olhar insinuante dirigias
aos teus seios...para que os beijasse!...
-Beija-me as mãos, amigo tão dileto,
que há muito tempo eu tanto estimo...
Põe neste beijo um especial afeto...
Bem sabes porque tanto te animo:
quero, quando recolher-me ao meu leito;
(antes que então o sono me vença)
sentir-te agasalhado junto ao meu peito;
sonhar um nosso orgasmo!...Ansiedade imensa!...
Na hora do adeus, beijei tuas mãos macias
que tanto querias que eu assim o fizesse;
e atendi ao que me pedias:
fiquei!...Atendendo ao especial convite;
à tua doce suplicante prece...
Venceu-nos do amor, o mais doce apetite,
ao qual, do céu uma benção desce!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)