Mulher sonhadora não conhece o gosto do prazer
Mulher romanesca invoca mistérios
produzindo no interior, arte de sentidos
altos juízos, amplo, próprio, cristalino, absoluto
longe de limite, voa longo, liberta pensamentos.
A agonia penada no coração lhe rói a alma
entranha no ócio da solitária consciência
dificulta os sonhos, não partilha paciência do parceiro.
Mulher suave sonhadora
não conhece em detalhes
o gosto produzido pelo prazer.
Infeliz aquele amor que sente pela metade
invadido o corpo, na pressa pouco se manifesta
não valoriza, distorce a sensibilidade, nulifica
esquece onde está o gosto delirante do prazer
não divide, não cabe, invalida, não acontece.
Liga o passado na acanhada consciência
à expressão manifestada, não dita regras
abrem as portas da “bolada” sensibilidade
com afinco de quem sabe o sentido da direção
descobre em cada ponto o caminho do tom ideal.