Mulher sonhadora não conhece o gosto do prazer

Mulher romanesca invoca mistérios

produzindo no interior, arte de sentidos

altos juízos, amplo, próprio, cristalino, absoluto

longe de limite, voa longo, liberta pensamentos.

A agonia penada no coração lhe rói a alma

entranha no ócio da solitária consciência

dificulta os sonhos, não partilha paciência do parceiro.

Mulher suave sonhadora

não conhece em detalhes

o gosto produzido pelo prazer.

Infeliz aquele amor que sente pela metade

invadido o corpo, na pressa pouco se manifesta

não valoriza, distorce a sensibilidade, nulifica

esquece onde está o gosto delirante do prazer

não divide, não cabe, invalida, não acontece.

Liga o passado na acanhada consciência

à expressão manifestada, não dita regras

abrem as portas da “bolada” sensibilidade

com afinco de quem sabe o sentido da direção

descobre em cada ponto o caminho do tom ideal.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 15/08/2015
Código do texto: T5347655
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