MEU VIOLÃO
MEU VIOLÃO
Mas, se você não pretendia me amar,
por que me fez acreditar no seu amor?
Se você pretendia, comigo,apenas ilusões,
por que permitiu, de amor, as minhas canções?
Se você não queria canteiros de jardim,
por que me pediu semeasse nossos jasmins?
O que fazer, agora, com as azaleias,
se não posso plantar jardins em aléias
e meu solo , de amor está pobre?
O que agora, posso eu fazer de todo o sonho
que você colocou nas minhas inspirações,
e geraram as melodias de tantas canções?
Um violão, assim jovem, num canto calado
emudecido pela desilusão de cordas feridas!
Um bandolim e um pandeiro em desarmonia
tentam ajustar-se à realidade do que você
fez a mim e a eles nesta triste harmonia
de paixão, tristezas e melancolias!
Emudeceu-se o meu coração e
triste ficaram as minhas canções!
Eugênia L. Gaio-15/08/2015