Amor é espetáculo...
Incólume entre vontades malsãs,
Livre da torpeza colérica,
Da ferocidade egoísta e tétrica,
Surdo ao esbravejo estentórico das palavras vãs!
Segue florido e iluminado de maneira feérica,
O amor desabrochado em solo tão agreste!
Obtuso e narcisista tenta opor-se ao poder celeste,
No grito e na chantagem egocêntrica, no dramalhão infausto da arte cênica!
Findou-se o espetáculo da vaidade! A humana peste!
Substituído foi pelo amor real, sem falsa modéstia,
Réstia refulgente que do público recebe as palmas!
Amor é espetáculo envolvente, arrebata corpos, corações e almas...
(David, amor é espetáculo)