Reencontro

Brilha o sol na abóbada celeste

e a brisa fagueira assovia alegre,

dentro de mim anuncio campestre

o jato de luz que me embevece.

Onde estás? Para onde vais?

Não vês que anseio pelo teu encontro?

Saiste das sombras, abandonaste os ais,

Espero-te de novo, nesse reencontro.

Um novo caminhar espero com alegria,

Basta de dores e de descompasso

Pois entre nós medrou a afasia

E o silêncio inundou o nosso espaço.

Se vês que não me intimida a catarse,

Podes ler meus versos intermitentes

Soltos, sem amarras e correntes,

Mostrando, cristalinos, nova fase.

Canto e nesse cantar dolente

Vagueiam meus pensamentos docemente,

Almejo que se encontrem novamente,

Casando-se com os teus, eternamente.

Nadir de Andrade
Enviado por Nadir de Andrade em 20/06/2007
Código do texto: T534513