Reencontro
Brilha o sol na abóbada celeste
e a brisa fagueira assovia alegre,
dentro de mim anuncio campestre
o jato de luz que me embevece.
Onde estás? Para onde vais?
Não vês que anseio pelo teu encontro?
Saiste das sombras, abandonaste os ais,
Espero-te de novo, nesse reencontro.
Um novo caminhar espero com alegria,
Basta de dores e de descompasso
Pois entre nós medrou a afasia
E o silêncio inundou o nosso espaço.
Se vês que não me intimida a catarse,
Podes ler meus versos intermitentes
Soltos, sem amarras e correntes,
Mostrando, cristalinos, nova fase.
Canto e nesse cantar dolente
Vagueiam meus pensamentos docemente,
Almejo que se encontrem novamente,
Casando-se com os teus, eternamente.