ANÚNCIO PRAMODI RUMÁ MARIDU

Por Genaura Tormin(*)

Num sô feia nem bunita,

Mais sô muié de verdade.

Num usu essas coisa feia

Das muié lá da cidade.

Deus me livre, credo in cruiz

Mostrá minhas coisa pus ôto!!!

Issu num faço naum!

Seu moçu eu sô direita,

Tenho vergonha na cara!

Mais sei tombeim sê muié

Qui sabi fazê chamego

Inté o home gemê.

Num é pru senti uma dô,

É prumodi o meu calô

Que inspáia divagarim

Nos balançu do amô.

Si ocê tá pricisano

Duma cabôca jeitosa,

Morena fogosa, faceira

Pramodi fazê cafuné

E uma comida gostosa,

Eu tô prontinha procê.

Eu agaranto, seu môçu,

Qui ocê di eu vai gostá.

Nóis casa aqui no Arraiá,

Muitos fio vamo tê

Pra no roçado ajudá,

Fazê muita fartura,

E inté do gado cuidá.

Brigadu sinhá poeta Genaura!

Um beju du Caipirinha

(*)Genaura Tormin. amiga, poeta e escritora.

Autora dos livros Apenas uma flor (poesias) e Pássaro sem asas (romance-biografia)