Tolas brigas
Numa alva folha de papel,
Virgem como as flores de maio,
Pura como os ares marinhos,
Te escrevo, meu amor:
Me castiga o peito
Essas brigas mesquinhas.
Essas dores,
Esse meu egoísmo,
Esse meu egocentrismo.
Queria ter mil almas,
Para te dar mil amores.
Numa paleta de cores,
Esboçar teus traços,
Colorir-te com vida,
Sussurrar mil desculpas,
Reatar nossos laços.
Em teus castanhos cachos,
Envolver minhas mãos.
Numa ânsia sem fim,
Me entregar por inteiro,
Sair de mim,
E enlouquecer-me em teus braços.