O amor (a fantasia), a paixão (a idolatria), o querer e o sentimento de emoção (em servidão) nos leva ao caminho do insensato apego, da prisão, do fluxo sadio de uma consentida escravidão.
 
Amor fugaz, amor vulgar, amor vadio. Amor de passagem ou que se diga amor de viagem.
Amor de duas vontades desconhecidas que se aproximam e ao final se interagem.
Amor que nos leva à miragem de um sonho...
 
E assim me ponho à tua vontade, em querida necessidade...maldade...

Mas então, mesmo no meu querer te peço a calmaria e que não tenhas tanta ansiedade.
Me tenhas compaixão, perdão, piedade. Não me faça sofrer na tua indecisão de amar.
Não me deixe inseguro, fraco ou abalado.
Me faça sorrir, me dê teu prazer em líquido prêmio, me ensine a te venerar.                                                                                                                                        

Nesse jogo de amor, tenho receio de ser à ti e aos teus desejos, um homem inquietado, retratando a nudez – ainda que pura – de um escravo assustado.

Não me prenda nas amarras da tua insensatez, da tua solidão, ou da tua misteriosa identidade...
É que tenho os meus limites e escudos. Tenho aura branca. Tenho minha vaidade...

Mas amar a ti, em vida, assim, em mim, por nós, faço soltar a minha voz.                                                                                                       
E tua lembrança fica viva. Tua sombra negra me aparece em vida. Teu nome oculto em palavras se sobressalta e se estampa nos versos de um poema pensado, irado, feito à qualquer tempo, sem predisposição de pensamento.

E o conhecer pra mim, se deu em dúvidas e perguntas. O descobrir você se concretizou no atrito dos nossos corpos, retratado no agora em versos. O continuar entre nós dependerá das circunstâncias e do acaso. 
 
Me chame e me tenhas quando quiseres... vou com pressa, em possibilidades, cortando horas a fio, rasgando o caminho das ruas, e se der a sorte não me atraso. 

E assim, você ficará sempre no meu tempo...                 

E por tudo que conheci e vivi... por tudo que apareceu e assim aconteceu... acho que valeu !
Digo isso porque assim penso e sinto. Não minto.
 
Ainda que nada mais do que o básico você me faz, você me propõe, e você me diz. 

Sem problemas... penso em você, cosmopolita mulher, dama, senhora... e aos teus desejos de amor, carnais, quero ser sempre um escravo feliz.