À dama de bolsa vazia
Sem vícios dos tecidos da passarela,
Sem pó na pele,
Sem resquícios do mal do mundo,
Sem cartão de personalidade...
Com a voz livre e pesada.
Entende o papo dos patos,
Que gritam a vida com a voz presa e aflita.
Talvez uma miragem em alma viva.
Apenas escuto sua fala cantada,
E seus olhos cantam calada.
Você só não sabe;
Que enquanto aprende a viver personagens,
Eu tô junto ao piano,
Recriando versos a você.
Porém cruelmente,
Você me faz alguns reclames.
E faz das minhas expectativas,
O sol parecer morrer.