Um Eco em Amarna - O cântico de Akhenaton à Nerfetiti
I
Misturada na loucura
O dinamismo da mulher amada
Filha do sol, braço forte de Amarna
Na luz era a sacerdotisa que tudo via
Deu seu sangue e seu ultimo suspiro
Na escuridão batia nela
as pedras que atravessavam o Nillo
Me cuidava como esposa e como filho!
O que eu delegava ela abraçava
Meus braços nada mais que Atom suportava
Mas os dela eram fortes
Aguentava o Peso da estrela e da espada!
Como era bela e perigosa
Altiva, cheia de vida, e amorosa!
Teimosa e livre como o sol que sempre nascia
E a cada dia mais bela ela se erguia...
Distraído canal do sol
extasiado na adoração larguei a rédia da direção
E sozinha ela foi farol!
Loucura do exagero de quem só acordou
quando a morte pela mão da traição chegou...
E o sol mostrou-se a força que esmaga
Justo, e desceu em violento instante
Na cabeça de quem o adorava e na cabeça de quem o negava!
Calaram sua voz, profanaram sua linguá
E no pós vida, vagaria na escuridão sem dizer o nome
os deuses não a receberia
Mas eu lhe devolvo os lábios
os dentes arrancados
retiro de sua boca os finos trapos
Para que seu nome ecoe dos dois lados
- Nerfetiti...Nerfetiti...Nerfetiti
-Cada raio do disco dourado era um braço de mão estendida...
ávidas milhares de mãos que acariciavam meu coração de homem e meu coração de alma ferida... Delegando o cajado, que da guerra, era arma misturei-me na luz do raiar do dia e tanto adorei no erigir de Amarna, que meus olhos nada viam, ceguei... Só a luz tinha voz que eu ouvia e paz que eu carecia, canalizei para que de mim vertesse sabedoria, uma verdade há tanto tempo esquecida, mas ignorei que o meu deus é justiça, dava a vida e também matava! Sem favorecer ninguém, até mesmo quem mais o adorava-
ávidas milhares de mãos que acariciavam meu coração de homem e meu coração de alma ferida... Delegando o cajado, que da guerra, era arma misturei-me na luz do raiar do dia e tanto adorei no erigir de Amarna, que meus olhos nada viam, ceguei... Só a luz tinha voz que eu ouvia e paz que eu carecia, canalizei para que de mim vertesse sabedoria, uma verdade há tanto tempo esquecida, mas ignorei que o meu deus é justiça, dava a vida e também matava! Sem favorecer ninguém, até mesmo quem mais o adorava-
I
Misturada na loucura
O dinamismo da mulher amada
Filha do sol, braço forte de Amarna
Na luz era a sacerdotisa que tudo via
Deu seu sangue e seu ultimo suspiro
Na escuridão batia nela
as pedras que atravessavam o Nillo
Me cuidava como esposa e como filho!
O que eu delegava ela abraçava
Meus braços nada mais que Atom suportava
Mas os dela eram fortes
Aguentava o Peso da estrela e da espada!
Como era bela e perigosa
Altiva, cheia de vida, e amorosa!
Teimosa e livre como o sol que sempre nascia
E a cada dia mais bela ela se erguia...
Distraído canal do sol
extasiado na adoração larguei a rédia da direção
E sozinha ela foi farol!
Loucura do exagero de quem só acordou
quando a morte pela mão da traição chegou...
E o sol mostrou-se a força que esmaga
Justo, e desceu em violento instante
Na cabeça de quem o adorava e na cabeça de quem o negava!
Calaram sua voz, profanaram sua linguá
E no pós vida, vagaria na escuridão sem dizer o nome
os deuses não a receberia
Mas eu lhe devolvo os lábios
os dentes arrancados
retiro de sua boca os finos trapos
Para que seu nome ecoe dos dois lados
- Nerfetiti...Nerfetiti...Nerfetiti