Lembranças de alcova,,,
A noite caiu.
Calma!triste! velada!
De uma luz,
Crepuscular deixada.
Fúnebre, lúgubre, vazia...
Dela um canto rompe.
De saudade, um murmúrio, um soluço.
A maldizer o tempo.
Em que nos amamos.
E pelo mal, que sem querer
Me fizestes, trilhar mesma estrada.
Tinhas alma.
De sonhos povoada
Longos anos,presa a minha.
De prazer choravas.
De mágoas, os sorrisos,
Teu belo rosto estampavas.
Assim as dores minhas
Sempre fora, alvo.
De motejos entre as noites.
Inda assim! pálida senti.
A caricia de um beijo.
Que em trêmulos vestígios
Se revela!
À sombria mudez.
Dessa alcova, tanto ardor contado.
Reino ainda aqui, perdida.
Dessa glória dissipada.
Dos seus beijos!
De teus olhos!
De tua carne!
Procurando esquecer,
As caricias que trocamos.
E bendizer o tempo.
Em que nos adoramos.