Entre as tuas coxas

Pare meus dedos

De explorar seu corpo,

E de brigar com os botões

De sua calça preta,

Me impeça de despencar

De seu umbigo lírico,

Invadindo assim

Seu esconderijo úmido,

Segure firme minhas mãos

Pois estão ensandecidas,

E a veia que salta em seu pescoço

Implora os meus caninos,

Expurga-me

Todos os demônios,

Pois eu quero pecar

Entre as tuas coxas,

Cura-me de minhas febres,

Cesse minhas lágrimas voluntárias,

Faça-me recobrar novamente o juízo

E me impeça de amá-la assim.

Fabio Kilcher
Enviado por Fabio Kilcher em 01/08/2015
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