Doçura
Doce alma encravada no seio da pureza
A minha sorte vaga no tempo na poeira
Meu inverno aflito no destino a incerteza
Na dose o veneno navega na veia certeira
Vasto desejo no meu peito é crucificado
A beira do abismo encontra-me a ilusão
Sublime sentimento por hora sacrificado
Desejos perdidos na minha vasta solidão
Bem quista toda a vontade que até supõe
O pranto anunciado que os dias traduzem
Facilita a dor que meu peito ainda propõe
O desejo que invade e nas noites seduzem
Navegando no mar da mais suave ternura
O universo deságua todo encanto do sonhar
Serena a vontade dando vida a sua doçura
A alma nobre em sua brevidade o meu amar.