Alma

Tenebrosos caminhos percorri

na certeza de que um dia encontraria

nesses deslizes da vida

a alma empalidecia.

Clemência dizia ela

Morte dizia meu coração

julgara me um louco

um ser sem emoção.

Sentimentos em mim morriam

como reflexos da escuridão

as trevas dominavam

e o medo cegava meu coração.

Alma onde estarás

se nas longitudes

ou nas horizontais

verticais ou diagonais

Na esperança me encontro

de não sofrer mais

busco uma resposta

pra toda pergunta

que meu coração faz

onde estarás a alma

neste momento atroz

como átomo que na velocidade da luz segue

minha vida se desfaz...

Devaneios deste poeta

loucuras do meu eu

nauta perdido

em veleiros naufragados

da alma dilacerada

pelo orgulho malicento.

E a vida a singrar pelos sete mares

nas ondas da dor

não encontraste valor

nas brumas do Amor.

Alma

Alma minha

pequena e apocalíptica

neste nuance eterno

onde foi parar nosso beijo de inverno?

Alma...

Conde Diego O Poeta
Enviado por Conde Diego O Poeta em 28/07/2015
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