Do mundo que mora ao longe

No mundo que mora ao longe,

deve andar o meu amor;

deve ser da cor do tanto

que o entanto fez sem cor.

No mundo que mora ao longe,

deve nem saber de mim;

como pode ser se passo

nas costas de um querubim!

Se o mundo te mora longe,

se te esconde tanto assim,

deve ser que te namora,

como as flores o jardim.

Pudera esse mundo longe,

cinza do céu de festim,

trazer teu perto pra perto

do longe que não tem fim.