A DISTÂNCIA

Do nosso amor quero sempre mais.

Nunca cansarei dessa vida que nos reservou o acaso.

A dependência de nossos reencontros está sujeito ao destino, se é que isso existe.

Dos carinhos embebecidos de teus beijos calientes, quero conservá-los em meus lábios.

Cansar da exaustão de tuas carícias seria tortura para mim.

Permanece me amando, é o que te peço.

Das brigas, não sei se as quero mais.

Nunca gostei muito delas, porém elas dão magia ao nosso amor.

São elas responsáveis pelo fato deu te amar sempre mais.

Estranho, quem diria brigas unirem, quando sua essência é distanciar.

Não. Distância não! Não sei se a suporto mais!

Ela é fria e perigosa, nos remete à dúvida. Seu objetivo parece querer nos dizer que não iremos suportar.

Nosso amor é amor de verdade. Não será esta estúpida que guiará nossos caminhos.

Quando menos estiver a esperar, iremos surpreendê-la. A nossa única distância será os milésimos centímetros que não conseguiremos unir no meu e no teu corpo que necessitam um do outro.

Amor diferente, amor que causa dúvida em alguns.

Amor diferente, amor que nos causa certeza.

Amor que se manifesta em palavras, atos e omissões.

Amor diferente, amor não físico. Amor geográfico.

Amor para poucos, amor-dúvida para tantos.

Amor que meses permanece ausente, amor que se fortalece em dias.

Amor que quando se reencontra unem-se invisivelmente como artigo e preposição da velha gramática, não se percebe. Só se sabe o resultado da fusão.

Tályson Marques
Enviado por Tályson Marques em 27/07/2015
Reeditado em 25/01/2018
Código do texto: T5325520
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