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Garota azul.

De tristeza simples, não deseja as lágrimas.

Canta num assobio as velhas lembranças torpes.

Nua de si veste a roupa dos olhares cínicos.

Parece alegre para as flores, e morta pros festejos.

Vem ela andando que desmaia no ar, talvez de feridas.

O chão das mulheres é íngreme, e os lenções do amanhã causam frio.

É feliz a donzela que voa em busca da lua, é feliz a garota que bebe do frescor dos rios.

É inóspito saber tudo sobre o próprio coraçãozinho.

E acordar com o toque nos lábios do amor, é órfico.

Talvez a luz não chegue mais. . . Mas as lagrimas matam as ingênuas flores.

Escrever sobre você é um azul de fantasias, menina não tenho receios o futuro não é nenhum ditador nazista, e respeita a existência dos loucos.

Querido anjo, anjo querido, querida, anjo de quereres e mais nada. . .

Anjo de brancura, de brancura dos lírios virgens, dos lírios orvalhados, e como bebê sonha com os fascínios maternos.

Respeitável moça eu não sei dizer, adeus.

Como eu gostaria de correr pelas nevoas, e olhar para as maravilhas do céu e da natureza.

Pegar borboletas e mimar os beija-flores com açucares.

Comprarei minha própria imaginação à preço de ouro.

Anjo, ó meigo anjo, anjo dourado, anjo de fina bondade, anjo de nobre santidade, anjo, não meu anjo, por sentir não em mim serás, e por vontade de possuir o meu pecar não mais. . .

Gostaria de contar lamurias, mas estou cansado.

Gostaria de falar de amores, mas não sou amado.

Gostaria de verbalizar mitos, mas não sei escrever lendas.

Minha epopeia são os teus olhos, os teus olhos azuis, verdes, negros, olhos de rubi.

Garota azul eu quero te enamorar secretamente, e me afogar nos teus perfumes de feminino enfeitiço.

Gosto de você leitor.

Amo você leitora.

Ria sempre ao sagrado de ser humano.

Olhe nos olhos da amada flagelada que é viva.

Tudo se resolverá e o sol ainda não é trevas.

Amo você extraterrestre de minha cidadania obscura.

Amo meus anjos de celeste poesia, ó Rafaela.

Zinco, prata, ouro, aço, cobre são os nossos elementos.

Única satisfação sinto em teus beijos nos meus sonhos.

Linda fada Rafaela é, anjo de cabelos negros, louros do mel.

Meu amor eu quero aprender o que é nossa vida.

E falar das paixões aflora o proibido.

Lindamente no jardim sem Eva, Adam suicidará a perversa solidão.

Sei que passará. . . e outro dia virá.

Unido aos teus braços tudo é dourado, e cheira a amor.

Isso buscarei sempre, a tua felicidade?

Cupido é um deus covarde que amaldiçoa os fracos.

Isso buscarei sempre, a tua sacra face?

Diante de ti garota azul vejo o Paraíso.

Isso buscarei sempre, a tua beleza ninfastica.

O passado não deve ser lembrado, mas sacrificado e bebido.

Garota azul.

Anjo azul.

Tenho medo.

Medo de partir e não te dizer. Sorria.

Sorria para o agora.

Sorria para os erros.

Sorria e jamais não leve embora minhas canções.

Porque, enquanto o Sol for glorioso. Os anjos guerrearam pela causa de nossa religião. . . Os alheios Amores dos jovens sem carinho.

Dos jovens sem carinho e das garotas mórficas.

Garota azul, eu ouso te chamar de minha heroína.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 27/07/2015
Reeditado em 30/07/2015
Código do texto: T5325281
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