Culpas e Desculpas

Enfim ao que parece, devo te esquecer...

Esta ordem está expressa em tua ausência...

Embora cada vez que morro... mais em ti vou viver.

Sabes que me rasgas... eis me em pedaços...

Me tomou por inteira sem minha anuência...

Imprimiu ao meu corpo todos teus traços...

Assim sigo perdida... noiva de um forasteiro...

Dona de um silêncio sem clemência...

Absurdo inconcebível... tesão sem paradeiro...

Tenho culpas... Tenho desculpas... segredos...

Fui fiel à tua manipuladora indecência...

Não eras meu... mas estava ao alcance dos meus dedos...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 24/07/2015
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