Prisioneiro de incertezas

Meus pensamentos não param

Mas retornam ao mesmo ponto.

Eu me procuro e, quando acho,

É com ela que eu me encontro.

Vou e volto a todo instante

Eu não curto a liberdade

Tanto a vida oferece

Mas fico preso à saudade.

Recordo os bons momentos

Que passei junto com ela

Eu nunca lhe toquei os lábios

Mas sinto o gosto dela.

Abro a porta pra sair

Mas dou de cara com ela

Fecho a porta pra impedir

Mas me esqueço da janela.

Jamais lhe confessei os sentimentos

Por achar que não me quer,

Mas tem sido meus tormentos

Só penso nessa mulher.

Não tenho tanta certeza

De que não quer ser minha amada

Ela adora estar comigo

E seguir a mesma estrada.

Toda vez que há um encontro,

Penso agora é pra valer!

É o momento do ataque.

O que sinto, vou dizer!

Outra vez ela se tranca

Ao pressentir o perigo

E eu não abro a gaveta

Desiludido, não digo!

Não se atira em meus braços

Nem descarta a possibilidade

E o tempo vai passando

E com ele a mocidade.

Desde quando a conheci

Eu quis tê-la em meus braços

Tem poder sobre mim

Alivia-me o cansaço.

Isso sinto ao estar com ela,

Mas sempre na defensiva

Não há chance pro ataque.

Quando tento, ela se esquiva.

Mensagem no celular

Mornas me enviou

Com fogo mandei de volta

Mas ela então se calou.

Não sei o que vai ser de mim

Acho que há um segredo:

Parece que me deseja,

Mas deixa vencer o medo.

Vítima, eu também sou

Atormenta-me o passado.

Por mais que eu digo vou

Eu me sinto amarrado.

Esse medo que domina

Tem conduzido meus passos

Sozinho tem sido a sina

Só por temer o fracasso.

Valviega,12/04/11.

Valviega
Enviado por Valviega em 24/07/2015
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