Inevitáveis destinos

Na madrugada insone

me deixo ensurdecer

perante as vozes mudas

das palavras

os vapores d´água

abrigam-se em árvores

nesta rua monótona, vazia

o vento se torna um afago

o caminho de rio suspenso,

mansamente sagrado.

O asfalto é pobre

mas o pensamento inundado de ti

enobrece a alma

e torna a estrada invencível.

Onde estaria eu para perder-te?

o quanto de amor não percebemos

e o quão envelhecemos

perante os inevitáveis destinos

dos mesmos?

* Poema feito a partir das palavras (carta) de um amigo, Pablito.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 22/07/2015
Reeditado em 22/07/2015
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