Finas dores
Na avidez, sede fina, fino olfato,
nos dois tatos de tua vida,
lugares aonde vivem as relvas de minha saliva e alguma despedida
olhando para o mato de tua boca,
essa lavoura louca e doce,
tão cheia dos meus cascalhos..., lugar que beijo.
Fina flor, tênue dor, algum lugar diferente,
quem sabe o coração da gente
transformado em jardim ou casa santa?
Meu poema se esconde em tuas estranhas entranhas,
fala sem querer dizer, absolutamente, nada
e assim nos finda e ele se apaga
entre a casaca e a carne do que desejamos.
Dores que se escondem em tuas ausências
essência do silêncio que nos incomoda,
terra aonde todos os nossos amores se despeçam e enlouquecem,
agora sem mais a avidez da sede e a do olfato.