POBRES DE NÓS, AMOR
Pobres de nós, Amor
Nunca soube partir
Você nunca soube ficar
Pobre amor que matamos
Nunca quis te deixar
Você nunca soube me pedir para ficar
Pobre juventude que desperdiçamos
Nunca soube relaxar e viver
Você nunca soube se prender e dividir
Pobre vida que não vivemos
Nunca soube esquecer
Você nunca soube lembrar que tudo passa
Pobre passado, presente e futuro
Fadado a ver, apesar de toda paixão, nossas lágrimas no rosto
Condenado a escutar os lamentos, aguardando o dia de substituir Enfim
As reticências pelo ponto final
Pobres de todos nós, Amor