Nossa poesia...
Se tudo já nadou,
como poderia presenciar teu corpo
‘o fundo depois do esboço’
sendo atropelado pelo orvalho,
para depois brotar flores de tua pele?
Que ironia há em musicar-me
de teus fonemas
e tornar sacra
a doce ilusão
de um dilema?
Meus cacos te repousam
em sangria
mas é meu vulto
que desata o espaço
onde procriamos
nossa poesia.