Nossa poesia...

Se tudo já nadou,

como poderia presenciar teu corpo

‘o fundo depois do esboço’

sendo atropelado pelo orvalho,

para depois brotar flores de tua pele?

Que ironia há em musicar-me

de teus fonemas

e tornar sacra

a doce ilusão

de um dilema?

Meus cacos te repousam

em sangria

mas é meu vulto

que desata o espaço

onde procriamos

nossa poesia.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 20/07/2015
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