Divina estranheza

Sou o instante que perco

entre um sorriso e meio sorriso.

Não preciso mais me explicar,

sou sempre intervalo!

Sou linhas e linhas sem explicação

e um intervalo só.

Penso.

Tolo sou!

Não posso pensar em terra

de quem faz algazarras!

Ser instante dói

e pensar crucifica a alma,

recolhe dores e forma

uma capa estranha

que chamo de divina estranheza!

Quero ser flor no deserto

bem melhor morrer de sede

do que morrer de amor!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 18/07/2015
Código do texto: T5315018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.