RIACHO SERENO

Riacho lindo, sereno,

foi palco do nosso amor.

Delicado e pleno,

inebriante torpor.

Eu me dei por inteiro.

Meu corpo cresceu no seu.

Nunca fui tão verdadeiro.

Homem sem crença, ateu.

Quando a lua nos viu,

corpos nus sobre a grama,

de vergonha fugiu,

fingindo ser uma dama.

Lado a lado deitados.

Nada a incomodar.

Dois amantes largados.

Exaustos de tanto amar.

Hoje tenho comigo

aquela mulher tão bela.

Seu coração, meu abrigo.

Durmo e acordo com ela.

Télio Diniz
Enviado por Télio Diniz em 16/07/2015
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