De manhã
Abri a janela.
A brisa macia
mentolada
atirou-se sobre mim
abraçou-me, faceira!
Tudo cantava!
Ganhei um abraço
que lembrou outro abraço.
Tudo poderia
ser feito de abraços!
Com abraços!
Banidos então o medo,
a solidão, as quedas,
a exclusão, a saudade...
Abraços e abraços!
Diferentes. De todos jeitos.
Os melhores: de reencontro,
de mãe, de amigo querido,
de acolhimento e de amor!
E da janela, feliz,
vi o sol abraçando o dia,
meu olhos abraçaram
o que eu via
e se agigantaram,
elásticos, até você,
quem meu abraço mais queria!