VAGAS LEMBRANÇAS
De um sentimento que não se continha
de tanto querer bem e explodia a
qualquer momento, de repente nada
mais se ouviu a não ser sentir o vento que
passou a ondear cidreiras e despetalar rosas.
Nada mais aconteceu apenas a severa
obediência ao preceito trivial, o convívio
passou a não ter mais seus encantos e o
descaso passou a evidenciar que espécies
distintas não convivem no mesmo habitat...
Até o surgimento de um novo botão de
rosa deixou de ter importância, se o sol
deixasse de nascer ou se as noites chegassem
sem a lua e sem seu ar da graça o ato teatral
fazia de conta ter seu curso normal...
Nenhuma testemunha para narrar a
derrocada total, nenhum vestígio de vida
para testificar se houve alguma coisa
perfeita em meio a tantas ruínas...
Na memória vagas lembranças que
que fazem submergir do passado apenas
palavras e posturas que representavam
ódio há muito tempo represados..., nada mais.