O fulgor das marés

Amor,

O que te move

É algo que traz o brilho divino,

Teu peito por anos,

Não pode brilhar na sua plenitude,

Amordaçado por outro escuro e desumano,

Mas tu,

Tu teimas seguir,

Inventando um rumo de um porto seguro,

Que acompanhe o teu novo atracar,

Porque tu,

Tu teimas continuar a acreditar,

E eu,

Tudo o que hoje traço,

É no teu peito para sempre morar,

Ai amor,

Almejado em todos os adormeceres,

Enaltecido em todos os despertares,

Pela admiração infinita,

Que sorvo em mim,

Acompanhada pelo apreço sentido,

Por ti,

Meu amor audácia, meu amor acreditar.

Ai amor,

De tanto o mereceres,

Enfim deixou de ser ilusão,

Este amor que nada pode parar,

Que acarreta com ele o brilho de Deus,

E que em nós, para sempre teima em brilhar.

Meu amor,

Transportado até mim,

Por um mar divinal,

És parte do amor que chega de além,

Pois guias em ti o fulgor das marés,

Governando esta barca onde porfiaste entrar.

A Isabel

Eduardo Jorge 18 de Junho de 2007