MEL DA ESPADA
MEL DA ESPADA
Na fala sangra o batom
A fonética aberta da coesão
O ladrar da insânia a escorrer badalos
A saliva do coração.
O toque que entorpece
A sala de estar da prece
O verso que destila o sabor
De um licor de alarde.
A porta aberta para a queixa
A língua saturada da carência,
A utopia mágica da graça
Quando canta, quanto laça.
O provérbio da verdade
O desconforto da mentira,
A sílaba entoada da insistência
Quando martela a presença
E mostra os dentes quando consegue
Fazer do amor sua arma...
Guerreando pela vida.
Finca, escorre e atinge...
Quase sempre deixando na presa,
Marcas.
Poesia Marisa Zenatte