Era outono, amado,
quando inundaste de poesia o meu peito ?
Era outono de terrosas ao chão, de solitudes,
de ventos a roçar saudades...
Era outono quando debruaste o horizonte
com teus lábios a florir
Sorrisos de lírios, de sóis, de figos,
ternuras a mel que a tua boca nacarava...
com teus lábios a florir
Sorrisos de lírios, de sóis, de figos,
ternuras a mel que a tua boca nacarava...
Dizes que te lembras,
que no outono,
à fina flor da alma te aninhavas ;
Que eu confesso, amado,
que sequer desdobrara aquele inverno,
quando, sem ti, já não mais respirava...
que sequer desdobrara aquele inverno,
quando, sem ti, já não mais respirava...