O Que Antes Eu Não via...
Mergulho no teu uni(verso)
entre calmaria e temporal
nesse espaço que não me cabe
onde não me percebes, nem me sentes,
onde adormeço em meus próprios braços
e beijo os teus lábios em fotografia.
Quem sabe um dia visitarás minha alma,
e assim, com calma, descobrirás meu mundo,
meu pequeno vasto mundo
-onde nada/tudo cabe-
onde a poesia faz morada
e abre as portas da casa para saudar o dia.
Ainda que não me vejas,
meus olhos espreitam teus passos.
Ainda que não me abraces,
meus braços para ti são laços.
Ainda que teu coração não me abrigue,
o meu pra ti sempre será morada.
Lentamente abro os olhos,
desfolho-me como árvore outonal...
Enxergo o que antes eu não via,
-sou inverno nesse instante-
mas com 'coragem' vou avante,
faço-me primavera, andarilha andorinha.
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JP10072015