Nossa poesia!
Impregnei-me na noite para divertir;
ouvi os escritos, li músicas clássicas
mas evitei comida, e só não fui comedida
por exceder o pensamento a ti.
Abdiquei do vinho por um chá de gengibre e limão
depois de dançar, como havia prometido,
de olhos fechados
no tapete felpudo da sala.
Enquanto esperava esfriar a xícara
pus meus pés em água quente e ervas
e observei a fumaça do incenso
entre as orquídeas mais belas
sobre a mesa.
Citei teu nome para as flores
que brotassem ali
ajudassem a equilibrar tua embriaguez
(o centro delas é a harmonia do universo)
Ainda não havia flor, mas uma bolsinha
guardava a semente que ventanearia
a nossa poesia para outras espécies
nos perpetuando em pétalas.