O amor estava lá
Sempre escondido, totalmente inibido!
O amor estava lá, mas ninguém percebeu.
Estou falando do real sentimento e não da sua doença!
Daquele que nasceu de um acidente entre o ágape, o platônico e o heros.
Do carinho que se encaixa, em tão simples versos!
Da pureza, que corre em cada rio de lágrimas.
Da represa que lava toda uma alma,
Depois de libertar - se de suas algemas de concreto...
Em um gesto único, em um único universo.
Preservando cada sobra, olhando tudo sempre, inverso.
Seria desperdício meu, tais palavras?
Pois, todo esse afeto passou despercebido e ainda passa.
Na esperança talvez, de que alguém o perceba um dia!
E sem serimonia nenhuma, o sirva como sobremesa,
Depois de um momento à dois, no final de olhares famintos.
Olhares que desprevenidos, ficaram cara a cara, com esse amor.
Afinal, novelas e filmes de romances são pura fantasia.
Pois, sempre inibido, quase escondido, o amor estava lá...
Só que ninguém o viu.
( William C. Cruz )