Tributo
MEU PEQUENO E DESPRETENCIOSO TRIBUTO A UMA MULHER TÃO MARAVILHOSA.
E a minha Norah desencarnou.
Dois de novembro de mil novecentos e trinta e sete a dezasseis de março de dois mil e nove.
Tão docemente, quando a mim tu te chegaste,
na languidez daquela tarde esplendorosa,
assim te foste. Mansamente... E em mim deixaste
tão só saudades que eu nem sei se ainda possa
sobreviver a este vazio que há na ausência.
Sobrepujar esta tristeza que me arde.
E rasga. E dói. E faz -me farto da existência
a desejar que o fim, também, a mim não tarde.
E dividido entre o teu e o meu caminho
Eu busco a Luz. Aquela luz que irradiavas
me aclararando o negror dos desencantos.
Estremunhado, choro em dor. Choro baixinho
Choro sozinho esta dor que adivinhava
a me esconder pra não ferir “nossos encantos”.
Te foste, bela, e eu se aceito, que assim seja.
longe que estejas vou buscar-te em reencontro.
E qual Quixote se me vou aos meus moinhos.
Te foste, linda, e minha’alma so almeja
seguir-te o vôo, p’ra que em nosso novo encontro
ainda eu possa merecer os teus carinhos.
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aecio kauffmann
06/08/2009