Maria Eduarda
Dentro da noite
escura e fria de outono
ouço pequenos grunhidos
que ecoam do quarto no fim do corredor.
São leves e ternos
sussurros de um bebê
que dorme intranqüilo
no sonhar com anjos...
Um bebê que afortunadamente
pôde encontrar lençóis macios
roupinhas quente e perfumadas
para aquecer seu minúsculo corpo.
Esse bebê foi amado
no momento que foi gerado
porque quando chega a hora
nossa aptidão nata nos prepara...
Foi assim que Maria Eduarda
chegou a este mundo
alheia a todas as hecatombes.
Com seu rostinho lindo e suave
iluminou nossas vidas capengas
que há muito não sorria...
14 junho de 2007