ANDARILHO II
Ser enigmático, uníssono é seu cantar
Intuindo a busca da sua segunda voz
Uma inédita ode triunfal a imaginar
Onde cada acorde irá tocar em nós
Anjo vindo não sei de onde, um imã
E colorindo cada verso e cada rima
São suaves palavras em movimento
Carpindo os sons e poemas ao vento
Afrontar e assumir os sentimentos
Rindo ou sorrindo dos próprios ais
Sem se quer ter ouvido a sua voz
Eu adivinho sons nítidos de cristais
Mistérios escondendo e desvendando
A alma desnuda e libertária aflorando
Refém sem qualquer pedido de resgate
Vai-me liberando por portas e umbrais
E assim, destarte...
Ninguém poderá me cercear jamais!