Corpo sem vida
Por que este desamparo
Sem sequer um aviso
Sinalizando sua Ida
Da temporária habitação terrena?
Ou uma advertência
Como última ação
Que bem poderia ter dito
Com antecipação?
Se ao menos
Você desse o grito...
Porém não aflito
Apenas... um leve sinal
Com a sutileza
Das sentinelas
No silêncio das janelas
Se... quando em corpo vivo
Assim procedesse...
Abrandaria este escuro
Silencioso e tão penoso momento
Que invade corpo e alma
Deste Eu...
Sem esperança e desprendido
Que agora tateia um apoio
Que lhe traga luz e sentido
Sentimento nunca imaginado
Meu desejo é que fosse o meu
Este corpo que se elevou a outro lado
Mas com a reciprocidade de amor
Nenhum ato resolveria
Porque esta dor...
Apenas de corpo se transferiria
Sensações dolorosas
E aterrorizantes
Fogem da capacidade de mensura
Dos seres pensantes
Mas lhe asseguro, amor meu...
Que sua Ida... deixou meu corpo
Com menos vida que o seu.
Abraão Sampaio
EDITADO NO LIVRO "EXPLOSÃO DE VIDA EM VERSOS E RIMAS".
LANÇADO NA "BIENAL INTERNACIONAL do LIVRO de SÃO PAULO 2014"
ROMANCE LANÇADO NA "BIENAL INTERNACIONAL do LIVRO de SÃO PAULO 2014"
https://www.revistadolivro.com.br/2015/04/entrevista-com-abraao-sampaio-autor-de.html
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