GUERRA FRIA

Alma sofrida, coração a bater, pulso acelerado, desejo de te ver.

O tempo grande inimigo.

Afasta até grandes amigos.

Esfria a paixão, faz, do "eu te amo" apenas jargão.

Mais doce que o licor das vespas.

Assim te sentia em mim.

Quando me beijavas e contra o seu peito me apertavas.

Tenho saudades de tempos assim.

Será que somente eu sinto.

O quanto estás longe de mim?

Teu coração andas ocupado.

Pôs o teu amor de lado.

Comunica-te com gente de todos os lados.

Mas, o que está a teu lado, está tão longe de ti.

Todos os dias te dou uma dica.

Mas nem percebes, pois, já está rica.

De "amigos" com os quais te conecta.

Nesta rede cibernética, que ao nosso amor põe um fim.

Quando a todos te conectas, se desconecta de mim.

Aquele que antes vivia a contar as horas.

Para voltar para casa, mas, hoje chora.

Porque perdeu na rede virtual.

Aquela que para ele sempre foi real.

Mas não se deu conta que não era utopia.

Aquele que tanto a amara um dia.

Hoje se despede de mansinho.

Como voo passarinho.

Que tem que deixar o ninho.

Que o vento despedaçou.

E dele somente lamentos deixou.

JLLIMA
Enviado por JLLIMA em 30/06/2015
Código do texto: T5294363
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