CHAMA ARDENTE DE UM OLHAR
Meus olhos pousam, silenciosamente,
sobre os teus.
Afasto meu olhar
para não revelar o quanto
há de amor em mim.
Sim, por medo, fujo do encontro.
Escondo-me em mim, de mim.
Teus olhos causam-me encanto e espanto,
sinto que a eles já pertenci.
Reconheço-os,
são a poesia que minha alma canta
na doce esperança de reavivar a chama
de um amor que nunca teve fim.
Por quê, então, fujo de ti?
Foges, igualmente, de mim.
Ambos sabemos!