CHAMA ARDENTE DE UM OLHAR

Meus olhos pousam, silenciosamente,

sobre os teus.

Afasto meu olhar

para não revelar o quanto

há de amor em mim.

Sim, por medo, fujo do encontro.

Escondo-me em mim, de mim.

Teus olhos causam-me encanto e espanto,

sinto que a eles já pertenci.

Reconheço-os,

são a poesia que minha alma canta

na doce esperança de reavivar a chama

de um amor que nunca teve fim.

Por quê, então, fujo de ti?

Foges, igualmente, de mim.

Ambos sabemos!

Olivia Maria Beltrão Gondim
Enviado por Olivia Maria Beltrão Gondim em 29/06/2015
Código do texto: T5294009
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