Morbidez

Em todo teu denso ar

se respirava amor e desejos

tu buscavas o sol, perfume

do aroma das flores e beijos

procuravas sempre o sim

não aceitavas o não.

Mas o teu pobre coração

como uma ave a deriva

afastou as coisas que amavas

se perdeu nas coisas da vida.

Como se pôde deixar enganar

são mares da solidão

que açoitaram violentos

a morbidez do teu coração

Agora

já não podes mais sonhar

sem rosto ou cor

e o caos habitando

tua alma em amargura

quanta dor

em teu olhar

tão deserta criatura.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 29/06/2015
Código do texto: T5293931
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