Asas do vento

Um dia pousei cedo meu corpo liso.

Eles ficam lotados de fragmentos.

Lotadas de distâncias doloridas.

Insisto florindo um pouco de mim.

Exagerava no pouso para que

o meu amor me visse com as

asas plainando sobre o clarão.

Trazia pelo ar frases ensaiadas.

Me perdia logo pelo sopro do vento.

A manhã era viçosa, mais cheia de chuva.

Naquele momento me vi dona de você.

Pobre utopia, saia deste convento.

Venha se expandir comigo do lado de fora.

O que tenho a minha volta é férvido.

Alço vôos, e vou te levar para voar.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 27/06/2015
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