Asas do vento
Um dia pousei cedo meu corpo liso.
Eles ficam lotados de fragmentos.
Lotadas de distâncias doloridas.
Insisto florindo um pouco de mim.
Exagerava no pouso para que
o meu amor me visse com as
asas plainando sobre o clarão.
Trazia pelo ar frases ensaiadas.
Me perdia logo pelo sopro do vento.
A manhã era viçosa, mais cheia de chuva.
Naquele momento me vi dona de você.
Pobre utopia, saia deste convento.
Venha se expandir comigo do lado de fora.
O que tenho a minha volta é férvido.
Alço vôos, e vou te levar para voar.
Luciana Bianchini