Urzais das Areias.
Ó, orquídea que me fere amante;
No teu calor, sou os respingos molhados!
Traçante do vento do seu amor,
No tocar de suas manhãs febris.
Rezas, ó frio, as suas maldições!
Culpando as ardências delicadas,
No colar intenso dos seus tesos;
Urzais das areias, a grandeza do céu!
Calandro espinhaço deste decesso,
Ruivas a prata a cor do nelo.
Havendo o espírito respirante.
Cá, sinto o beirar, de sua indecência;
No mago cristal de tua pele,
Quieto, sobre a sombra da primavera.