Urzais das Areias.

Ó, orquídea que me fere amante;

No teu calor, sou os respingos molhados!

Traçante do vento do seu amor,

No tocar de suas manhãs febris.

Rezas, ó frio, as suas maldições!

Culpando as ardências delicadas,

No colar intenso dos seus tesos;

Urzais das areias, a grandeza do céu!

Calandro espinhaço deste decesso,

Ruivas a prata a cor do nelo.

Havendo o espírito respirante.

Cá, sinto o beirar, de sua indecência;

No mago cristal de tua pele,

Quieto, sobre a sombra da primavera.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 26/06/2015
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